Autoridades locais no município de Vila Bela da Santíssima cobram providências diante da situação de poluição do rio Guaporé.
Conhecido na Bolívia como rio Iténez, o rio é um curso de água da bacia do rio Amazonas, no Brasil e na Bolívia. Banha os estados de Mato Grosso e de Rondônia e os departamentos bolivianos de Santa Cruz e Beni, servindo de divisa entre os dois países.
O rio Guaporé nasce do encontro do rio Moleque, rio Sepultura e do rio Lagoazinha na chapada dos Parecis (MT). Sua extensão é de 1.716 km, sendo que 1.150 km são navegáveis a partir de Vila Bela da Santíssima Trindade, em todo seu percurso no estado de Rondônia e uma pequena parte de Mato Grosso. Nesse trecho navegável faz fronteira entre o Brasil (margem norte) e a Bolívia (margem sul).
O Guaporé passou a ter um dia dedicado a si na cidade de Vila Bela, por meio do projeto de Lei nº 800/2008 de autoria do vereador Edclay Lopes Coelho.
O dia do Rio Guaporé, que é no 2º domingo de setembro, foi comemorado com um passeio ecológico, onde várias embarcações estiveram participaram. O evento teve como principal foco a preservação do manancial.
A equipe da Marinha do Brasil acompanhou de perto todos os trabalhos e orientou os pilotos das embarcações.
O principal objeto do passeio foi levar as autoridades políticas e de Justiça para visualizarem de perto a situação lamentável que passou a ser registrado no encontro das aguas do Guaporé com o Sararé.
Entre as autoridades convidadas para participar do evento esteve o delegado da Polícia Civil João Paulo Berté, que afirma um dos pilares da PJC é o combate a crimes ambientais. "Esse contribui principalmente para conscientização da necessidade de preservação do rio", destacou o delegado.
Presente no passeio ecológico, o Promotor de Justiça, Dr. Samuel Costa, parabenizou os organizadores pela iniciativa de preservação. O juiz da Comarca de Vila Bela, Dr. Elmo Lamóia, também parabenizou a iniciativa.
Além das autoridades, quem sofre com a condição do rio são os moradores. Roque Jung, produtor rural da região, reclama que falta fiscalização dos órgãos ambientais para evitar que criminosos façam a poluição do rio.
"É uma vergonha, eu fui pescar lá no rio e descendo um rio pra baixo nós chegamos no Guaporé. Cadê as autoridades? Cadê a Sema? Nós fomos pescar lá e não teve nem jeito", comenta indignado o morador.