Relatório divulgado recentemente pelo Observatório do Clima e pelo Instituto de
Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) mostra que em 2021 as emissões de gases do
efeito estufa no Brasil atingiram o 2º maior aumento anual em um período de quase
duas décadas. O volume liberado cresceu 12,5%, chegando a 2,4 bilhões de toneladas
brutas. A alta deste e outros índices aumentou a preocupação de órgãos e autoridades
sobre o assunto, que buscam alternativas para frear os efeitos da atividade humana
sobre a natureza. A temática ganha força nesta segunda-feira, 05 de junho, quando é
comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente.
A adoção de estratégias voltadas ao tema se tornou uma prática de mercado essencial,
que se reflete em aspectos como captação de recursos, gestão de riscos e imagem. É o
caso do Sicredi, que atua de acordo com uma Estratégia de Sustentabilidade alicerçada
nos pilares Ambiental, Social, Econômico e de Governança, com foco em maximizar os
impactos positivos e mitigar os impactos adversos de sua atuação.
E a estratégia se reflete diretamente nas práticas. No ano passado, por meio do apoio
a seis projetos de créditos de carbono localizados em diferentes regiões do Brasil, o
Sicredi neutralizou mais de 45 mil toneladas de gases de efeito estufa, relativas às
emissões calculadas em seu Inventário de Emissões. Também com esse objetivo,
prioriza a utilização de energia limpa nas agências e sedes administrativas, com a
implantação de painéis de energia solar.
Em Mato Grosso e no Acre, por exemplo, área de atuação da Central Sicredi Centro
Norte, as agências e sedes administrativas são abastecidas por energia gerada por
usinas próprias. Nos demais estados abrangidos pela Central (Pará, Rondônia,
Amazonas, Roraima e Amapá) está em estudo a construção de novas usinas
fotovoltaicas e outros modelos sustentáveis de energia. “Com os investimentos em
energia limpa, buscamos reduzir nossas emissões de carbono, antes de neutralizar.
Em diversos municípios de Mato Grosso, por exemplo, as cooperativas já adotaram como norma o uso do etanol em todos os veículos flex – um combustível mais limpo, de origem vegetal e cuja produção gera empregos e arrecadação de tributos no próprio
estado, o que estimula o desenvolvimento local, outro pilar da nossa atuação”, pontua
a gerente de Sustentabilidade e Cooperativismo da Central Sicredi Centro Norte,
Daniela Lepinsk Romio.
Sustentabilidade nas cooperativas
Os projetos sustentáveis desenvolvidos pelo Sicredi estão cada vez mais presentes nas
comunidades, beneficiando a população local.
As cooperativas realizam inúmeras iniciativas como reciclagem, aproveitamento de materiais sustentáveis, campanhas e
Classificação da informação: Uso Interno ações de conscientização, além de projetos que visam contribuir ativamente para a preservação da flora e fauna das regiões.
Este é o caso do projeto Recuperando Nascentes, desenvolvido pela cooperativa
Sicredi Integração MT AP PA, com sede em Rondonópolis. O projeto nasceu em 2012 e
tem o objetivo de aumentar o volume de água nas nascentes dos rios, promover o
equilíbrio ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais, por meio do plantio de
mudas. Até maio deste ano foram realizadas 104 ações, com o plantio de mais de 135
mil mudas, que mobilizaram a participação de 7 mil voluntários.
“O projeto Recuperando Nascentes é a materialização dos nossos valores, pois
acreditamos que as nossas ações devem impactar positivamente as regiões onde
estamos inseridos. Unindo a cooperação ao voluntariado, agimos juntos pela
preservação das nascentes locais e cooperando para um futuro cada vez mais
sustentável”, afirma o presidente do Conselho da Administração da cooperativa,
Marco Túlio Duarte.
No quesito práticas internas sustentáveis, a cooperativa Sicredi Biomas MT AC AM
adotou no ano passado algumas políticas nas agências. Entre elas está a
implementação de assinatura eletrônica e o papa-cartão (para destinação correta de
cartões inutilizados).
Além disso, a cooperativa realizou a Maratona do Futuro, na
forma de Hackaton em Rio Branco (AC), na qual foram apresentados projetos voltados
para dois eixos “sustentabilidade” e cooperativismo”, fomentando ideias e práticas
sustentáveis. A cooperativa também promove o Movimento EcoBiomas, que fomenta
ações de conscientização socioambiental junto à comunidade.
“O Movimento EcoBiomas visa dois grandes eixos. O primeiro é compartilhar e
comunicar informações a respeito de sustentabilidade e o segundo é promover ações
sobre o tema. O objetivo é tornar o mundo um lugar ainda mais próspero e justo”,
pontua o assessor de Comunicação e Marketing da cooperativa, Renan Barbosa.
Economia Verde
A sustentabilidade também está presente no portfólio de produtos da instituição
financeira cooperativa. No ano passado, o Sicredi concedeu R$ 34,2 bilhões em
créditos para a economia verde no País, com destaque para a agricultura familiar (R$
12,5 bilhões), agricultura de baixo carbono (R$ 8,3 bilhões) e linhas voltadas à energia
renovável e sustentabilidade ambiental (R$ 6,1 bilhões). Em termos de carteira de
crédito, o Sicredi já tem quase 20% do total destinados à economia verde.