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POLÍCIA

Polícia Civil apreende mais de R$ 1,3 milhão com dono de distribuidora preso em flagrante por receptação qualificada


Foram cumpridos 48 mandados de buscas e apreensões, arresto de bens móveis e penhora de valores das contas dos investigados

Por Raquel Teixeira | Polícia Civil-MT

Polícia Civil apreende mais de R$ 1,3 milhão com dono de distribuidora preso em flagrante por receptação qualificada

A Polícia Civil apreendeu R$ 1,381 milhão, escondidos em uma caixa térmica, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão no bojo da Operação Ceres deflgrada contra uma associação criminosa que desviou cargas de cervejas de uma fabricante nacional em Cuiabá. O dinheiro foi encontrado em endereço do dono de uma distribuidora de bebidas na capital, que foi preso em flagrante pelo crime de receptação qualificada.

A operação desta quarta-feira (13) é conduzida pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá e cumpriu 48 ordens judiciais na capital, entre busca e apreensão em endereços, apreensões de aparelhos celulares e computadores, arresto de bens móveis, quebras de sigilos bancário e fiscal e ordem de penhora no valor de R$ 12,782 milhões em desfavor dos investigados.

Durante o cumprimento dos mandados foram apreendidas também 68 caixas de cigarros contrabandeados e centenas de engradados de cervejas furtadas. As bebidas ainda estão sendo contabilizadas.
 

A unidade policial instaurou inquérito, a partir do recebimento de uma denúncia, para apurar os delitos de associação criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, receptação qualificada e falsidade ideológica contra uma quadrilha que se associou para desviar bebidas alcoólicas de cinco marcas produzidas pela cervejaria nacional.

Desvios de cargas de cervejas 

A investigação da Derf Cuiabá apurou que os desvios das bebidas alcoólicas das marcas Budweiser, Skol, Antártica, Brahma e Stella Artois, produzidas pela cervejaria instalada na Capital, eram feitos por funcionários da fábrica e de duas empresas que prestam serviços de logística à fabricante.

A execução dos crimes contava com a participação de empregados que atuavam em funções de conferencistas, porteiros, motoristas, ajudantes de motorista, carregadores.

O grupo envolvido desviava as cargas que eram devolvidas por clientes da cervejaria. Para isso, era falsificada uma declaração pelo conferencista e o porteiro da cervejaria confirmando que houve a entrada dos lotes de cervejas na fábrica. Em seguida, as cargas das bebidas eram desviadas aos receptadores um deles é uma distribuidora localizada na Avenida Arquimedes Pereira Lima, no bairro Jardim Renascer.
 


Levantamento feito pela pela fabricante de bebidas, a partir do sistema de controle de inventário, apontaram um prejuízo estimado em quase R$ 12.800 milhões. Os números foram apurados no inventário mensal dos anos de 2021 e 2022.