Foto: KAREN MALAGOLI / ALMT
Foto: KAREN MALAGOLI / ALMT
Vinte e cinco de novembro é o Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher e, para marcar a data, a Assembleia Social e o Instituto Kurâdomôdo ministraram uma palestra sobre a Lei Maria da Penha, ontem (25), na Escola Municipal Professor Ranulpho Paes de Barros, no bairro Santa Isabel, em Cuiabá.
A palestra, conduzida pelo advogado César Augusto Serrano, buscou apresentar a abrangência da Lei federal nº 11340/2006, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, conhecida como Lei Maria da Penha.
Inclusive, a luta jurídica travada por Maria da Penha para criminalizar seu ex-marido e agressor por duas tentativas de feminicídio contra ela, colocando-na em cadeira de rodas e sendo preso após 19 anos dos crimes (meses antes de expirarem), foi narrada pelo palestrante, contextualizando o porquê a lei leva o nome dela.
A atividade foi voltada para os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e do Ensino Médio noturno e para os professores, lotando o auditório da escola Ranulpho Paes de Barros. Dessa forma, a palestra abrangeu um público de homens e mulheres, com idades entre 15 e 60 anos.
A diretora da escola, Jeci Santos Pereira, enalteceu a parceria, especialmente pelo foco de conscientizar para a não violência contra a mulher. “Este é o papel social da escola, dar informação, conhecimento sobre o que fazer nesses casos”. Sobre a plateia mista e com ampla faixa etária, a diretora refletiu: “[Essa palestra] serve para todo mundo. O homem não pode agredir e a mulher não pode ser agredida. Cada um tem suas intempéries, mas violência, ninguém pode aceitar”.
O palestrante, representante do Instituto Kurâdomôdo, contou que o conteúdo foi dividido em três partes: a primeira sobre o contexto da lei e sua abrangência; a segunda convidando a plateia e refletir a desigualdade social entre homens e mulheres e como o grupo feminino é prejudicado; e a última, um debate sobre “instrumentos comunitários” de defesa da mulher. “A terceira parte foi bastante participativa, eles aprenderam mecanismos legais de proteção à mulher, bem como pensaram em grupos de apoio a mulheres e a homens enquanto comunidade”, destacou.
“Essa é uma das nossas prioridades: contribuir para a sociedade identificar e combater toda violência contra qualquer grupo vulnerável. Nesta data importante, voltamos o olhar para as mulheres, a fim de mostrar que, muitas vezes, o que parece normal é violência; e convidar os homens a refletir sobre os próprios comportamentos e lembrá-los que agressão, seja verbal, psicológica, emocional, física, é crime!”, explica a diretora da Assembleia Social, Daniella Paula Oliveira.