A Indicação nº 4717/2019 é parte do encaminhamento do Requerimento nº 530/2019, apresentado meses atrás pelo parlamentar
Foto: Ronaldo Mazza
Mato Grosso é um dos estados brasileiros detentor de um dos maiores rebanhos de equinos do país, no entanto tem sérias necessidades de ações que visem o combate ao surto de doenças. Pautado nessa realidade, o deputado Max Russi (PSB) sugeriu ao Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) o custeio de todo o processo de saneamento de focos da Anemia Infecciosa Equina (AIE) e Mormo, além da orientação técnica aos criadores de equinos, para a obtenção da certificação de “Propriedade Controlada Para o AIE”.
A Indicação nº 4717/2019 é parte do encaminhamento do Requerimento nº 530/2019, apresentado meses atrás pelo parlamentar. O teor do texto questionava a situação epidemiológica das doenças e propunha o aumento do prazo da validade de exames, de 60 para 180 dias, para o transporte interestadual de animais equídeos. Esse foi um pedido do vereador de Paranatinga Josevaine Silva de Souza (Labiga) e do vereador Hedvaldo Costa, de Sinop.
Russi alerta que os dados apresentados pelo Indea não são animadores, o que pode levar preocupação a pecuaristas e criadores de todas as regiões. Conforme os números, fornecidos pelo instituto, um estudo soroepidemiológico realizado no ano de 2014 em MT, demonstrava que 17,2% das propriedades rurais do Estado possuíam equídeos positivos para AIE, o que justificava a importância de se impedir a introdução desses animais portadores da doença em novos rebanhos ou propriedades.
“Essa análise identificou ainda que 36,1% das propriedades rurais, localizadas no pantanal, possuem equídeos positivos para AIE, demonstrando que os municípios da região do Alto Araguaia apresentam maior risco relativo de infecção de AIE e que o transporte de animais dessa região poderia acabar contaminando outros rebanhos. Por esse motivo, haveria a necessidade de que o exame tivesse validade de 60 dias, permitindo detectar a doença precocemente”, ressaltou Max Russi.
O deputado reforçou a ideia de uma atuação conjunta com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que é responsável pela gestão das políticas públicas de estímulo à agropecuária e pela regulação e normatização de serviços vinculados ao setor, no país. Dessa forma, seriam colocadas em prática ações, que não gerem custos aos proprietários.
“Não podemos correr o risco de alastramento dessas doenças, por isso é necessária essa força-tarefa, para que os custos de saneamento dos focos sejam reduzidos, para que os órgãos possam arcar com esses valores e a coleta seja feita gratuitamente pelos médicos veterinários oficiais”, argumentou.