Mauro Mendes destacou que todos os países, não somente o Brasil, devem fazer sua parte contra as mudanças climáticas
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, defendeu a "reciprocidade ambiental" entre os países que participam da Conferência das Nações Unidas Sobre o Clima (COP-26), que ocorre em Glasgow, na Escócia.
Em entrevista à CNN Brasil, o chefe do Estado de Mato Grosso afirmou que o Brasil não pode ser o único país a receber cobranças para o cumprimento de metas ambientais.
"Eu vou propor que tenhamos a reciprocidade ambiental. Assim como na área diplomática, se um país exige visto, o outro exige também, nós também temos que exigir que todos os países cumpram os tratados, que tenham redução de emissões, que façam o reflorestamento que exigem de nós. E a reciprocidade ambiental é exatamente isso: vamos exigir deles aquilo que exigem de nós", afirmou neste domingo (31.10).
Mauro Mendes reforçou que o Governo do Estado tem feito grandes avanços no que tange à preservação e proteção ambiental.
"Temos reduzido sistematicamente o desmatamento ilegal. Apresentamos um grande e robusto programa para reduzir as emissões e atingir o Net Zero de carbono. Enquanto muitos países do mundo e até Estados brasileiros estão assumindo o compromisso de neutralizar as emissões de carbono até 2050, o Estado de Mato Grosso está assumindo um compromisso para o ano de 2035. Podemos fazer isso porque já iniciamos grande parte das ações para que esse objetivo possa ser atingido", citou.
O governador ressaltou que Mato Grosso possui 62% da área preservada, e, mesmo com tamanha porcentagem de território conservado, é o maior produtor de alimentos do Brasil e um dos maiores do mundo.
"O que o Estado está fazendo é trabalhar rigorosamente dentro daquilo que estabelece o Código Florestal brasileiro. Estamos combatendo toda a atividade ilegal. Temos um sistema que detecta em até 24h qualquer desmatamento ilegal acima de 1 hectare. Ninguém no Brasil tem isso e estamos fazendo porque acreditamos que preservar o meio ambiente é muito importante não só para a nossa imagem e para o relacionamento com os países compradores, mas, acima de tudo, porque temos a consciência que devemos preservar", finalizou.
Por Lucas Rodrigues | Secom-MT