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Em depoimento, grávida que matou pai e irmão da ex-amante do marido diz que agiu para defender os pais


Em depoimento, grávida que matou pai e irmão da ex-amante do marido diz que agiu para defender os pais
Segundo o delegado José Getúlio Daniel, a mulher não tinha curso de tiro e teria aprendido a manusear a arma com o próprio marido

A gestante Bruna Tatiane Evangelista Felski, de 26 anos, confessou nesta segunda-feira (24), durante depoimento à Polícia Civil, que atirou contra o irmão e o pai da suposta ex-amante do marido dela para defender os pais. O crime ocorreu em Terra Nova do Norte, a 648 km de Cuiabá, no sábado (22).

Conforme contou, no dia do crime, ela foi até a casa onde morava a suposta ex-amante, junto com os pais. No depoimento, ela disse que estava “cega e desesperada” e, no local, ela começou a falar com o pai da mulher e com a esposa dele. Todos estavam alterados emocionalmente, de acordo com o relato.

Ainda segundo a versão de Bruna, após uma sequência de agressões verbais entre os parentes da suposta amante, ela foi até o carro do marido, pegou uma pistola e efetuou os disparos contra o irmão e o pai da mulher. De acordo com ela, após perceber que eles atacariam os pais dela.

Conforme com o delegado José Getúlio Daniel, a mulher não tinha curso de tiro e teria aprendido a manusear o objeto com o próprio marido.

Vida conjugal

Segundo a acusada, ela conheceu o esposo, Rodrigo, em uma rede social em 2021, enquanto ele trabalhava em uma propriedade rural do município e ela morava em Colíder. Logo em seguida, o casal foi morar junto na Fazenda Talismã. Ela disse que eles sempre tiveram um bom relacionamento.

Ela tinha um filho e o marido, três antes de se unirem. O casal descobriu a nova gravidez em abril deste ano e, segundo ela, trata-se uma gestação de risco. No entanto, ela percebeu o marido mais afastado e não se mostrava feliz com o novo filho.

Em setembro, ela encontrou conversas do marido com uma suposta ex-amante no celular dele, enquanto ele dormia. Ela perguntou ao esposo sobre o as mensagens, mas ele negou o caso extraconjugal. Com a situação, Rodrigo passou a morar com a mãe dele.

Defesa

Em entrevista à TV Centro América, o advogado Silvio Eduardo Polidoro, que representa Bruna Felski, classificou o ocorrido como uma "tremenda infelicidade".

"Um motivo nobre, que era o motivo da Bruna, de buscar um auxílio para restabelecer o seu casamento, e para que a Marciele, que, até então, tinha tido um caso com seu marido, deixasse o casal em paz", disse.

Segundo ele, a conversa começou calma, mas, logo depois, a mãe da suposta amante começou a ofender Bruna.

"Essas agressões se agravaram quando o irmão da Marciele saiu da residência e, primeiramente, agrediu a mãe da Bruna, depois, agrediu a Bruna com socos e puxões de cabelo, deitou ela no chão e foi pra cima dela, continuando as agressões.

O pai dela tentou defender ela, mas, mesmo assim, não conseguiu conter as agressões do irmão da Marciele e a Bruna foi até o veículo do seu marido, pegou a arma de fogo e desferiu os disparos no intuito de defender a sua integridade e a integridade física dos seus pais", relatou.

Por G1 MT