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POLÍTICA

CST debate políticas públicas para a economia de Mato Grosso


Foto: Helder Faria A Comissão Setorial Temática (CST) criada para discutir as Relações Comerciais, Econômicas, Culturais e Políticas Internacionais fez hoje (14) a sua 5ª reunião ordinária. O presidente da câmara, Maurício Munhoz, afirmou que Mato Grosso está, nos últimos anos, perdendo a capacidade de investimentos e de crescimentos na indústria. “Existe a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto de Mato Grosso, em 2027, ser de aproximadamente R$ 280 bilhões. Mesmo assim não há perspectiva de crescimento real da indústria. Infelizmente, nesse período, não há tendência de que esse cenário mude”, disse Munhoz. O relator da CST, Rafael Bastos, afirmou que a CST surgiu para fazer essa discussão entre o estado, as instituições públicas e privadas e a Assembleia Legislativa. Segundo ele, as discussões estão bastante adiantadas internamente em nível local. Essa integração  já está sendo feita com a China, com troca de informações tecnológicas. “É fundamental desenvolvermos políticas públicas de forma estratégica, e que Mato Grosso seja apresentado para o Brasil e para o mundo. Na última reunião do ano, que será realizada no dia 16 de dezembro, vamos apresentar um planejamento estratégico para os próximos seis meses”, disse Bastos.  O relator disse ainda que a CST tem a finalidade de formatar um planejamento objetivo e mais concreto de tudo que já foi debatido até hoje. “O primeiro momento foi de estudo e de debates, quando a CST trouxe diversas instituições para melhorar o diálogo, buscando resultados mais concretos que levem ao desenvolvimento e o crescimento do Estado”, afirmou. No final da reunião foi elaborado um documento, que será encaminhado ao governador Mauro Mendes (DEM), pedindo apoio para que membros da CST participem do encontro anual das Nações Unidas sobre o clima, evento conhecido como COP25, que será realizado em dezembro em Madri, Espanha. O representante da Associação de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) Thiago Rocha, detalhou pesquisa realizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA). As informações mostram que o Estado ainda tem déficit no setor de infraestrutura tanto à exportação quanto para o armazenamento de grãos produzidos em Mato Grosso. “A soja continua sendo o carro-chefe da economia de Mato Grosso. Mas não há modais de transporte suficientes para escoar a produção em grande escala tanto por estrada e nem ferrovia. Há também um déficit de armazéns para estocar a produção local. Hoje, o Produto Interno Bruto de Mato Grosso corresponde a 50,5% da econômica do Estado. Precisamos resolver esses problemas, porque a demanda está lá fora”, disse. Para a coordenadora do Núcleo de Relações Internacionais do Governo do Estado, Rita Chiletto, as relações internacionais extrapolam o comércio com as quais o Brasil mantém de forma diplomática. “Mato Grosso mantém diversas relações internacionais no campo econômico que são fundamentais para as exportações da nossa produção de grãos”, explicou. Outro eixo que o Estado está implementando, de acordo com ela, é o da energias renováveis, o etnoturismo (fonte de renda para os índios), e ainda o turismo sustentável. “Acredito que todo projeto do executivo se enriquece muito com a colaboração da Assembleia Legislativa. É um viés que precisa ser complementado. Isso será fundamental para o estado fomentar e melhorar as políticas públicas voltadas à sociedade”, disse Chiletto.
Fonte: ALMT