O parlamentar defendeu que Bolsonaro (sem partido) tem "feito o que pode"
O deputado federal Nelson Barbudo (PSL) rebateu críticas feitas ao governo Jair Bolsonaro (sem partido) em razão da alta de preços e projeção de inflação calculada pelo mercado financeiro. O parlamentar ponderou que a crise econômica é mundial e a população tem que fazer sua parte.
“Você viu a inflação nos países europeus, asiáticos quanto está? Precisamos saber que estamos numa crise mundial. É claro que ninguém quer uma inflação a 10%, é lógico que ninguém quer o combustível caro, o gás de cozinha caro. Agora, na Inglaterra o gás subiu 300%, na Itália, Portugal, Suiça…”, comentou o deputado na manhã desta segunda-feira (25).
A fala de Barbudo se deu após ter sido questionado pela imprensa, em razão de um comentário anterior, de que o Brasil já estaria melhorando a economia. O parlamentar defendeu que Bolsonaro tem "feito o que pode".
“A crise é mundial. Nós devemos absorvê-la como tal e ajudar o país a sair da crise, e não criticar para, numa atitude de ideologia, tentar denegrir a imagem de um presidente, que fez o que pode”, comentou o parlamentar.
Alta de preços
Nesta segunda-feira, o Banco Central divulgou nova pesquisa Focus elevando ainda mais a inflação de 2021, agora prevista para 8,96% (IPCA). Os sucessivos aumentos significam que a população tem perdido o poder de compra. Ao mesmo tempo, a pesquisa também projeta queda no Produto Interno Bruto (PIB), de 5,01% para 4,97%.
Por “coincidência”, nesta mesma segunda-feira a Petrobras anunciou reajuste no preço da gasolina e do diesel, enquanto o custo do gás de cozinha já havia sido elevado na semana passada. Essas têm sido as principais cobranças dos consumidores ao governo federal, em razão do aumento expressivo acumulado nos últimos meses.
Mesmo com a pressão, Bolsonaro já avisou que não deverá interferir na política de preços da Petrobras e não pretende adotar o congelamento de preços.
O Congresso Nacional busca uma saída e já propôs fixar a alíquota de ICMS sobre os produtos derivados do petróleo, na tentativa de segurar o custo repassado aos consumidores. Entretanto, os governos estaduais defendem um fundo de estabilização custeado pela União.
Repórter MT