Deputado disse que ainda não foi notificado e que não vai se posicionar sobre a abertura da comissão. A postagem foi feita na semana em que se comemorava o Dia Nacional de Combate à Homofobia e Transfobia.
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) decidiu instalar a Comissão de Ética para apurar a conduta e possível quebra de decoro do deputado estadual Gilberto Cattani (PSL) por suspeita de homofobia.
Cattani realizou uma postagem considerada homofóbica nas redes sociais onde ele afirma que “ser homofóbico é uma escolha, ser gay também”. O deputado assumiu a vaga deixada por Silvio Fávero, que morreu em decorrência da Covid-19 em março deste ano.
O deputado disse, por meio de assessoria, que ainda não foi notificado e que não vai se posicionar sobre a abertura da comissão, por enquanto.
A postagem foi feita no dia 14 de maio e gerou críticas de entidades, além de um pedido de investigação à ALMT por parte da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT) por indícios de crime de homofobia.
A representação foi analisada e os deputados decidiram pela criação da Comissão de Ética com autorização do presidente da ALMT, Max Russi (PSB).
O deputado Eduardo Botelho (DEM) será o presidente da comissão, que terá como membro os parlamentares Dr Gimenez (PV), Dr. João (MDB), Elizeu Nascimento (PSL) e Delegado Claudinei (PSL).
A postagem foi feita na semana em que se comemorava o Dia Nacional de Combate à Homofobia e Transfobia, celebrado no dia 17 de maio.
A mensagem foi feita na ferramenta Stories, do Instagram, que é apagada automaticamente após 24 horas.
Uma semana após a repercussão, Cattani se pronunciou e disse que 'o livre arbítrio é um direito fundamental da pessoa humana'
No ofício enviado à ALMT, a OAB-MT ressaltava que tem a finalidade “de defender a Constituição” e que homofobia é crime, equiparado ao de racismo.
Por Denise Soares, G1 MT