Começou no último domingo (01) a campanha de vacinação contra febre aftosa em Mato Grosso. Nesta etapa devem ser imunizados todos os bovinos e bubalinos com idade entre zero e 24 meses. A estimativa é de que ao todo, 14 milhões de animais sejam vacinados no estado, que tem o maior rebanho do país. Os pecuaristas têm até o dia 30 de novembro para vacinar e devem comunicar ao Indea até o dia 10 de dezembro. Para a região do Pantanal, no entanto, o prazo é maior: até o dia 15 de dezembro tanto para imunizar os animais quanto para fazer a comunicação.
Analista de pecuária da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), o zootecnista Marcos de Carvalho, alerta que a partir desta etapa, não será mais preciso cumrpir o período de carência após a vacinação para transportar os animais. “Nas etapas anteriores, quando o produtor vacinava o bezerro pela primeira vez existia uma carência. Ele fazia a comunicação no Indea, mas mesmo assim não podia fazer o transporte deste animal por até 15 dias após a vacinação. Com a publicação da Instrução Normativa 48/2020, do Ministério da Agricultura, esse prazo deixou de existir. Hoje, o produtor que faz a vacinação no seu rebanho, pode transportar os animais imediatamente”, explica.
Outra novidade está relacionada ao saldo temporário. “Se o produtor tem animais que já estão prestes a serem abatidos, ele não precisa vaciná-los. Antes, esse prazo era de 60 dias. Ou seja, em até 60 dias o produtor tinha que fazer o abate destes animais. Com a ‘IN 48/2020’, o prazo para levar estes animais para o frigorífico passou a ser de 90 dias”, comenta.
O último caso de febre aftosa registrado em Mato Grosso foi há 24 anos. Os pecuaristas sabem de cor o que é preciso fazer para proteger o rebanho, mas nunca é demais lembrar os principais cuidados na hora de aplicar a vacina. “È preciso manter a pistola higienizada; colocá-la no gelo antes de fazer a primeira carga para já deixá-na resfriada na hora que for abastecê-la para evitar riscos de choque térmicos com a vacina; desinfectar as agulhas; trabalhar com calma; conduzir os animais com manejo racional; etc. Vale lembrar que este é um compromisso que o estado assumiu e é muito importante o produtor manter a vacinação da forma correta, dentro dos prazos e com muito capricho”, conclui o analista de pecuária da Famato.
Fonte: Canal Rural